“A previsão é de que saiamos da pandemia com muitas empresas contando com um programa de trabalho remoto já estabelecido, e por isso nem retornem para o presencial. Com o isolamento social forçado, muitas organizações observaram que conseguem ser produtivas mesmo com os funcionários em casa e ainda descobriram que podem economizar”, afirma.
Campos destaca ainda as vantagens desse modelo, tanto para as empresas quanto para os funcionários. “Enquanto o trabalhador consegue flexibilizar sua carga horária e consequentemente ter mais qualidade de vida, a empresa reduz custos com os transportes e infraestrutura, uma vez que a demanda por espaço físico se torna menor”, diz.
Principais desafios – A pesquisa abordou ainda os principais desafios dos gestores no período pós-pandemia. Liderar remotamente e manter a equipe engajada e produtiva foram os mais citados. Além de lidar com a incerteza econômica, adaptar-se às novas rotinas, renegociar contratos com setores mais afetados e adequar-se às novas regras de distanciamento e higienização.
“Além das mudanças operacionais com a transição do trabalho presencial para o remoto, o novo cenário vai exigir dos gestores sabedoria para conduzir uma reestruturação de processos e estratégias. Afinal, os negócios devem acompanhar as transformações da sociedade, que não será mais a mesma após a pandemia”, conclui Campos. (Da Redação)
DESENVOLVIMENTO DE EQUIPES EM “XEQUE”
O mercado de trabalho apresenta um novo normal. Grandes empresas anunciam que seus colaboradores ficarão de home office até o final do ano, outras já deixaram claro que o método chegou para ficar e já até devolveram seus pontos de trabalho físico.
O virtual está mais forte do que nunca e o home office apresenta bons resultados, onde as pessoas têm mais facilidade com o trabalho e as demandas. Porém, nem tudo são as mil maravilhas e, para alguns, as conversas no “cafezinho”, os encontros pós-horário de trabalho e outras situações que eram habituais no ambiente físico estão fazendo falta.
A Heach Recursos Humanos realizou uma pesquisa com cerca de 200 empresas, entre os dias 1º e 6 de junho, e descobriu que 52% delas não estão realizando nenhum tipo de trabalho de formação e desenvolvimento de equipes, ou seja, a maioria está pensando só em trabalho e esqueceu que o relacionamento é uma parte muito importante para que as pessoas se sintam motivadas.
“O ser humano tem como uma das suas características-chave a sociabilidade e parte importante do trabalho com RH é, justamente, fortalecer as equipes, desenvolver o senso de dono e o trabalho em equipe”, afirma o CEO da Heach Recursos Humanos, Elcio Paulo Teixeira.
Mas, ainda bem que existem aquelas que demonstram, ao menos, um pouco, de preocupação com seus colaboradores. A pesquisa também aponta que 24% estão promovendo ações sobre tópicos não relacionados ao trabalho. Happy hours virtuais são os mais comuns e cerca de 18% das empresas já promoveram um ou mais encontros, como, por exemplo, almoços virtuais e comemoração dos aniversariantes do mês.
“Em tempos como este que estamos vivendo é muito importante que o RH tome atitudes para que todos se sintam parte da equipe, mesmo à distância e, que demonstre que a empresa promova a união e formação de grupos coesos para que o relacionamento continue e, também, para que a produtividade não diminua”, finaliza o especialista.